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sábado, 30 de outubro de 2010

Agora é definitivo. Goleiro Fernando deixa o Palmeiras, conta porque saiu do clube e desabafa.

O goleiro Fernando Lopes Pereira, Fernando, ou mais conhecido como Careca, deixa a equipe do Palmeiras/ Cimentolit, e diz que ainda não desistiu do futsal.
Um colecionador de títulos e de prêmios individuais, merecedor de todas as conquistas, destaque desde as categorias menores até o Sub 20, em seu primeiro ano de Principal já um vice-campeonato Metropolitano, mas o arqueiro quase não tem motivos para comemorar.
O guarda-metas deixa o clube, desabafa e mesmo assim ainda sonha em voltar às quadras. Confiram com exlcusividade a entrevista do goleirão.
Formando Goleiros: direto e reto, o que te levou a tomar essa decisão?
Fernando: Tomar essa decisão foi muito difícil, porém a causa dessa atitude foi um conjunto de fatores. Não estava sendo aproveitado pelo time, entrei em apenas duas partidas de campeonatos válidos pela FPFS, que foi contra Pinda, onde o Palmeiras ganhou de 5 a 3. Eu joguei o primeiro tempo não sofrendo gols, e a final contra o Corinthians, onde entrei para fazer o goleiro linha no final do segundo tempo. Apenas o Erick jogava, mesmo se ele estivesse bem ou mau, e eu não estava vendo condições reais de ter uma oportunidade na equipe, estava apenas completando o time (risos). Para jogar futsal eu abri mão de muitas coisas e estava fazendo muitos sacrifícios, no começo do ano, por exemplo, quando os treinos eram em Jundiaí, eu estava morando no alojamento do time, e ia de trem todo dia às cinco da manhã para a faculdade, que localiza-se na região central de São Paulo, voltando para treinar na parte da tarde. Quando a estrutura veio para São Paulo fiz outras coisas que não tem necessidade de serem mencionadas. Mas enfim, chegou um momento que pela situação eu preferi abrir mão de jogar futsal para me dedicar aos estudos, pois vi que no esporte as coisas não estavam tomando o caminho que eu imaginava. Já nas últimas semanas na equipe, por conta da situação, comecei a "pisar na bola", como faltar em treinos, fazer coisas que não são do meu perfil, e para não manchar meu nome eu resolvi pedir ao Walmir meu afastamento definitivo da equipe, antes do jogo contra Garça.
Formando Goleiros: faça uma análise da sua passagem pelo Palmeiras. Como era seu ralacionamento com o grupo?
Fernando: A minha passagem pelo Palmeiras vai ser algo que vou levar para toda minha vida. Pode até ser que eu nunca mais jogue futsal, mas o que aprendi, passei e vivi lá não esquecerei jamais. Antes eu tinha atuado apenas no Barueri, jogar no Palmeiras, que é um time de camisa é algo muito gratificante. Moro em Jandira, uma cidade pequena e como sou uma pessoa fácil de ser reconhecida, semanas depois da final contra o Corinthians, no Parque São Jorge lotado e ao vivo pela ESPN Brasil, muitas pessoas vinham me parar na rua para me parabenizar. Apesar de ter me desentendido algumas vezes com apenas um jogador por não aceitar determinadas opiniões, eu levo muitos amigos de lá, o Fábio, Fio, Thiaguinho e outros, às vezes ligo e converso com o Carlinhos e com o Jé. Meu relacionamento com o Walmir era uma coisa profissional, eu admiro muito a pessoa que ele é e o trabalho que ele faz, é um cara batalhador, determinado que acredita nos seus princípios e quer vencer na vida. Mesmo sem ter muita amizade com ele eu aprendi muito com suas atitudes de estar sempre correndo atrás e não se acomodar com as coisas. Torço para que ele se dê muito bem.
Formando Goleiros: você deixou para sempre o futsal ou ainda pretende um dia retornar às quadras profissionais?
Fernando: Esse ano o futsal para mim já foi finalizado a partir do momento em que eu sai do Palmeiras. Recentemente fui campeão do Economíadas (Jogos Universitários) nos pênaltis representando a minha faculdade, Universidade Presbiteriana Mackenzie. Estou apenas jogando na faculdade e campeonatos extra oficiais, e voltei a correr para não perder meu condicionamento físico. Afirmar que nunca mais vou jogar futsal seria audacioso demais. Estou trabalhando com meu pai em um escritório de contabilidade, que é uma área ligada a minha faculdade, mas se porventura aparecer algo interessante volto a jogar. Todos sabem como é esse esporte, porém hoje digo que só voltaria a jogar se fosse um time com uma boa estrutura, boas condições entre outros fatores, se fosse um time que viesse somar na minha vida.
Formando Goleiros: na sua opinião, faltam oportunidades para os atletas que sobem da Categoria Sub 20?
Fernando: Com certeza! Acabei o ano passado sendo campeão Metropolitano, semi-finalista do Campeonato Estadual e ganhador do Troféu Futsal. A minha primeira proposta recebida foi em março deste ano, quando eu fui atrás e liguei para o Walmir. Antes disso nada, mas acho que isso acontece por existir a mudança de categoria e no mercado do futsal existirem muitos jogadores que se sujeitam a passar por situações e estruturas precárias por conta da má administração de diversos dirigentes. E para goleiro é muito mais difícil, pois só joga um. Eu entrei em um time onde o Walmir e o Erick se conheciam desde as categorias de base, ficando difícil pra eu ter um oportunidade.
Nós do Formando Goleiros lamentamos a saída deste excepcional goleiro, um dos grandes exemplos das quadras, e torcemos par que ele mude tão imediatamente de opinião e volte para o lugar de onde jamais deveria ter saído, que é no gol.

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